Quando acorda de manhã para ir à escola, Samanta ouve os pais e os sons característicos de que estão na correria para ir para o trabalho. Como é de costume a CBN está ligada e o repórter fala sobre assuntos da cidade que, para a menina que há pouco completou treze anos e tem corpo de dezoito, são completamente desinteressantes. Na cozinha, a mãe prepara o café enquanto o pai faz a barba no banheiro. Olhando no celular ela percebe que ainda tem dez minutos para continuar na cama antes que o pai venha chama-la. Decide então levantar e arrumar a cama, lembrando-se que hoje não quer dar qualquer motivo para que os pais acreditem que ela hoje não vai à escola. Vestindo-se, mantem-se atenta para ter certeza de que seu velho já deixou o banheiro e, tão logo veja que ele caminha pelo corredor em direção ao quarto, ela se apressa, aproveitando-se que a mãe é a última a sair de casa.
Os dois são funcionários públicos; o pai trabalha no tribunal de
justiça federal na Paulista, a mãe é auxiliar de enfermagem em um hospital
perto de casa na parte da tarde, mas acorda cedo assim mesmo para preparar o
café do marido e da filha, além de ir para a academia na parte da manhã. Rosto
lavado, dentes escovados, ela já está pronta para tomar café e sair,
lembrando-se mais uma vez se está vestida de acordo com a ocasião de hoje e que
tem que agir normalmente. Felizmente, os pais vão estar trabalhando e durante a
tarde ela vai estar livre. Terminado o café o pai dirige-se ao banheiro,
escovando os dentes. Samanta demora mais na mesa por estudar perto de casa e a
mãe aproveita para tomar café. As duas jogam conversa fora sobre a academia,
escola e assuntos do cotidiano e logo o pai reaparece, beijando a filha no
rosto e se despedindo da esposa com um beijo na boca, como faz todos os dias. E
como sempre, ao presenciar a cena, Samanta se lembra do estranho que viu saindo
de casa sorrindo ao se despedir da mãe no dia em que voltou mais cedo da escola
e de como ela reclamava de haver caído no trabalho e de não conseguir se sentar
nos dois dias próximos. Hoje é terça, como naquele dia, e ela se pergunta se
presenciaria a cena de novo outra vez caso ficasse em casa.
Sem pensar no assunto ela deixa a casa pensando em um dos assuntos
que discutiu com a mãe, sobre o telefone celular de último modelo que queria
ganhar, conversa que iria decidir o destino que a jovem tomaria hoje. Como já
esperava a resposta foi negativa. País em crise, pouco dinheiro, muitas contas,
o de sempre. Ela não culpa a mãe nem o pai, que além de trabalhar feito um
camelo é mais que provavelmente traído pela mulher. Seja como for, a
adolescente não pretende abrir mão do que quer e, pensando nisso, manda uma
mensagem pelo celular enquanto se senta no ponto de ônibus, próximo à escola.
Do outro lado da escola, sua amiga, Rosângela, acena e a vê no
ponto. As duas estudam em classes separadas, mas são as melhores amigas. Ela
entende a vista de Samanta no ponto como um sinal, e se lembra que deverá
avisar Rafael que a amiga estará fazendo prova de manhã e que por isso não vai
poder atender ao telefone. Rosângela sorri e Samanta retribui. Pouco tempo
depois passa um CRV prateado, filmado e, dentro dele, o dono do maior mercado
do bairro que, rapidamente, encosta o carro e abre a porta para a adolescente
no ponto de ônibus.
Ela entra com um sorriso amarelo, começando a jogar conversa fora
com o dono do mercado, que passa a mão em sua coxa grossa sem que ela mostre
resistência. Sem conseguir conter a ansiedade, mas demonstrando que está
disposta a fazer o que o homem quer, ela pergunta a respeito do celular. O
homem lhe mostra um pacote dentro do porta-luvas e ela sorri, então ele lhe diz
que isso é só o começo, que ela pode ter muito mais se quiser e que tudo que
precisaria é ser boa com ele e fazer o que é pedido. Ela responde que está tudo
bem e que não havia motivo por que ambos não poderiam ser amigos.
Depois de algum tempo, os dois estão em um apartamento de
propriedade do empresário no centro da cidade. Ela não pergunta a natureza do
imóvel ou se ele mora ali, pois sabe que ele mora em uma casa no bairro. Ela
admira a decoração, mas não o bastante para deixar de notar que o homem já tira
a roupa. Ela hesita por alguns instantes e passa a tirar a sua, sem conseguir
olhar para o velho, que, já nu, se aproxima dela com uma ereção que não condiz
em nada com a idade que ele possui, mas que, com certeza pode ser arranjada por
sua conta bancária, uma vez que ela não acha que sequer a visão de seu corpo nu
poderia deixa-lo assim. Lembrando-se do presente no carro, ela senta-se à
beirada da cama e toma o membro do homem à mão, olhando-o de ponta à ponta e
passando a chupá-lo. Acaba se lembrando do namorado em meio ao sexo oral, mas
não se sente culpada por não fazer o mesmo com ele quando pede. A natureza de
seu relacionamento com Rafael nada tem a ver com o que está fazendo ali, seu
namoro é algo puro, romântico, não devia se misturar com o tipo de imundície
que povoa as mentes dos homens. O que ela faz ali é uma troca de favores, seu
corpo seria uma moeda de troca e nada mais, não havia por que não fazer o que o
velho quer para obter o que ela quer. Admite que sente o desejo de fazer coisas
semelhantes com outros garotos do colégio, do bairro, e isso a faz lembrar do
rapaz que se exercita na mesma academia que sua mãe. Jamais viria a amá-lo como
ama o namorado, mas não hesitou em satisfazer sua libido com ele de forma tão
despudorada quanto os desejos que ele despertou nela. Enquanto sua boca absorve
o membro do empresário ela não consegue evitar de compará-lo ao do outro
garoto, que fazia o que está sugando agora parecer desnutrido.
Samanta avisa o velho que não quer que ele goze em sua boca. O tom
de voz não é grosseiro, mas firme. Ele entende e, como não quer perder a
menina, decide pedir que ela o masturbe. Ela sabe que não vai ter sorte do
membro amolecer devido aos comprimidos que o homem tomou, mas procura fazer com
que ele goze o mais rápido possível, ignorando o cansaço da mão. Logo, um jato
de esperma jorra e ele relaxa, deitando-se na cama enquanto ela vai ao banheiro
lavar as mãos. Nem uma palavra durante esse tempo, mas, tão logo a adolescente
volta, ele sinaliza querer mais, pegando uma bisnaga de lubrificante e pedindo
sexo anal. Samanta já havia sido enrabada pelo garoto da academia, mas, apesar
do outro membro ser maior, ela estava fazendo aquilo voluntariamente. Lembrou-se,
então, do celular, e que deveria fazer o que o infeliz queria. Posiciona-se de
quatro na cama e o empresário lhe passa o creme no ânus para, logo depois,
começar a penetração.
As estocadas incomodam mais pelo fato de não estar gostando
daquilo do que pela dor em si. Ela já se prepara para ter de aguentar mais
tempo, já que o empresário dificilmente vai gozar tão depressa por se tratar da
segunda vez. Ela procura fechar os olhos e pensar no rapaz da academia e até no
namorado, que não a penetrou ainda, uma vez que Samanta quer aguardar uma
ocasião especial para se entregar a ele. Sim, já havia passado pela cama de
vários rapazes, alguns que, talvez o boi não saiba, são seus amigos. Não há
sentimento de culpa ou medo na jovem, se ele não a quisesse outro iria querer.
Seja como for, a forma como vai se entregar ao namorado é diferente de como
tirou a roupa para os homens com quem já esteve, independente de quantos já a
penetraram. O físico é algo que não lhe importa, mas é a base do relacionamento
para muitos, o que a obriga a manter segredo sobre suas andanças e amantes,
fixos ou ocasionais.
Finalmente, depois de um tempo, o dono do mercado ejacula,
deixando tudo dentro da adolescente. Ele se retira dela, que caminha até o
banheiro e toma um banho rápido, lavando somente o essencial. Então avisa-o de
que precisa ir embora, pois a aula logo vai ter acabado. O empresário concorda
e, após tomar um banho, se veste. Quando retorna ao quarto Samanta já está
pronta, como se não tivesse mais o que fazer ali, e os dois descem até o carro,
onde ela recebe seu presente.
Tão logo retornem ao bairro, ela olha para o relógio, seu pacote
ainda fechado, e percebe que a mãe deve estar ainda na academia. Decide ir para
casa e, mais tarde, ligar para Rosângela, para mostrar o telefone que ganhou.
Abre o portão normalmente, estranhando o fato de estar destrancado. Caminhando
pela sala de estar ela ouve gemidos vindos do quarto da mãe, já imaginando o
que pode ver ao chegar até lá. Conforme ela suspeitava, havia um caso entre ela
e o homem da academia. Porém, tão logo ela se aproxime da porta do quarto,
percebe que não o homem que havia visto anteriormente, mas o rapaz bem dotado
com quem havia saído antes é que está, agora, atrás de sua mãe, que estava de
quatro na cama, com a cabeça virada para o outro lado, enquanto ele, notando a
presença de Samanta, a encara. A princípio a adolescente não sabe o que pensar
mas, logo, sorri para o garoto, que retribui e penetra a mãe da jovem com ainda
mais força, arrancando gemidos mais altos, que são abafados pelo travesseiro.
Sem alarde, ela se afasta, caminhando até o seu quarto. Não sabe o
que pensar da cena que acabou de ver, mas, estranhamente, ela não a perturba. O
pai sempre foi homem pacato, calmo, por algum motivo não estranha o fato de ter
se tornado corno. Ela não pretende lhe contar o que viu, não consegue pensar
num motivo para fazê-lo. Ao chegar ao quarto fecha a porta, abre o pacote e
liga o celular, começando a preparar as configurações para iniciar o acesso à
internet e postar fotos novas em sua rede social e também falar com Rosângela e
as outras amigas, bem como avisar o namorado de que já está em casa.
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